"Bicho-do-mato" nome masculino [Informal] Pessoa intratável ou pouco sociável, indivíduo insociável, indivíduo solitário, indivíduo que se esquiva do convívio social, quem prefere viver sozinho. in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
Para começar, quero dizer que, ao escrever este texto, eu (Sara) cometi todos os erros (ou muitos dos erros comuns) em relação a este tema com o meu filho mais velho. Como em tudo na vida, foi através dos nossos erros e de perceber que esse não era o caminho, neste e em outros temas da nossa jornada como mães e educadoras, que estamos aqui hoje a partilhar as nossas aprendizagens convosco.
Foi também através desses erros que buscámos entender as razões por detrás das nossas ações não terem o resultado desejado, aprendendo cada vez mais a escutar a nossa voz interior e o que a criança nos transmitia. Aprendemos a silenciar o que nos tinha sido ensinado ou enculturado e que não correspondia ao vivido e sentido. Digo-vos que nunca estamos sozinhos neste caminho. As vossas questões são, certamente, as mesmas de milhares de pais e não devemos temer ir contra a corrente e nos questionarmos.
E, este fim de semana, foi-me relembrado (Sara) esse período em que lutávamos interiormente (eu e meu marido) com as críticas sociais sobre o comportamento emocional do nosso filho. Ele, e outros (mas sempre uma suposta minoria), eram as crianças que não correspondiam ao que a sociedade considerava "normal", e que precisavam de alterar a sua forma de ser, pois a maioria considerava que o seu comportamento não era saudável.
Revivi, este fim-de-semana, como socialmente se continua a perpetuar este estigma de que as crianças pequenas não devem ser tímidas e que a timidez é um problema. No entanto, hoje a neurociência, a biologia e a psicologia já provaram precisamente o contrário. Mas a mudança das mentalidades demora sempre, infelizmente, muito tempo.
Este é o nosso primeiro texto de 2022. Dedicamos esta semana à saúde mental infantil, parecendo-nos apropriado alertar para o tema da ciência das emoções, que pode parecer inofensivo, mas que não o é de todo. Esperamos contribuir para o desaparecimento deste dogma e dar mais um passo no respeito pela saúde mental da criança.
Muitos pais e adultos ainda hoje ficam preocupados/incomodados com a timidez das crianças, e vemos isso nas mais diversas situações sociais: seja no parque infantil, nas adaptações (e não só) desde a creche à escola primária, nas festas de aniversários e outros convívios sociais, etc.
Vemos o ar comprometido ou frustrado de muitos pais quando os seus filhos são aqueles que não cumprimentam, não querem ficar na escola ou nas festinhas de aniversário (sem a sua presença), ou não interagem com estranhos. E vemos também muitos a permitir que os de fora interfiram e tentem forçar uma interação, que não é pedida, muitas vezes com a melhor das intenções.
Mas se olharmos a situação com olhos de ver, esta deveria ser uma não-preocupação e sim um sinal tranquilizante. A verdade, segundo os especialistas em desenvolvimento infantil, é que nos deveríamos preocupar quando uma criança não é tímida com ambientes e pessoas estranhas! Surpresos?
Como nos diz Gordon Neufeld: "- Na verdade, isso é muito mais preocupante! (a não timidez). A timidez é absolutamente natural e faz parte do repertório da vinculação. A criança nunca é tímida com as pessoas próximas mas sim evita a proximidade de conversar e seguir aqueles com quem não está vinculada."
Ou seja, esta é a forma natural de proteger a vinculação existente e de auto-proteção.
Biologicamente a timidez aparece por volta dos 5 meses de idade. E, geralmente o primeiro termo para timidez é angústia do estranho.
Esta é a forma da natureza dizer, pelas palavras de Neufeld: - "OK. Esta criança já tem os vínculos de que precisa e agora vamos protegê-la de se apegar a qualquer outra pessoa. Agora ela só pode se vincular às pessoas a quem a mãe/o pai, as figuras parentais, estão vinculadas."
Simples, certo?
Não é isso que qualquer figura parental quer? Não queremos que os nossos filhos não sigam qualquer desconhecido? Então porque ficamos tão preocupados quando a natureza está a fazer tudo para proteger as nossas crianças?
Se esta foi a forma como o ser humano foi concebido para ser capaz de construir uma aldeia consistente de vinculação, onde cada criança pode ser criada e crescer segura, não deveria este comportamento nos parecer natural, e não incomum?
No entanto, infelizmente, o que vemos hoje em dia é que culturalmente tornámos a timidez numa espécie de patologia, levados por indivíduos que seriam supostos peritos mas que não entendiam na realidade nada sobre o papel da timidez no desenvolvimento infantil.
E assim, muitos de nós, num movimento inverso à natureza humana, aprenderam a ver um vínculo crescente aos pares/colegas como um sinal de amadurecimento, a valorizar a criança pequena que é muito "social" e interage com qualquer um "à primeira". Quando não é isso que se pretende e, como nos diz Gabor Maté, quando muitas vezes esse apego aos de fora suplanta o vínculo principal aos cuidadores, vários problemas daí irão advir. Pois quando os problemas surgem, em causa nunca está o comportamento mas sim o(s) relacionamento(s).
Se nós honrássemos a timidez, se a entendêssemos, veríamos como a natureza está apenas a tentar proteger a vínculação existente. Se examinássemos os vínculos existentes na criança, a timidez simplesmente desapareceria, como conceito. Pois as crianças vão evoluindo na sua timidez, à medida que necessitem menos da presença das suas figuras de referência para se sentirem seguras. Mas quando são pequenas, a timidez é apenas parte do seu processo de vínculação e auto-preservação.
No entanto, a timidez, na nossa cultura, passou a ser considerada por uma maioria como um atributo negativo, que muitos desejam mudar, em si mesmos e, mais frequentemente ainda, nos seus filhos. Devemos então olhar para a timidez através das lentes da vínculação, e aí vemos que a timidez desempenha uma função importante. E é pura biologia.
“A timidez é uma força de vinculação, destinada a desligar a criança socialmente, desencorajando qualquer interação com aqueles fora de seu núcleo de relações seguras” (Neufeld & Mate, 2004, p. 238, em O seu filho precisa de si!)
Deveríamos sim, focar a nossa preocupação na falta de timidez que algumas crianças, e também adultos, demonstram na cultura de hoje. As crianças e adultos que são focadas nos pares parecem muito confiantes e sociais junto destes e, provavelmente recebem elogios pelas suas habilidades sociais. No entanto, essas mesmas crianças “extrovertidas” evitam, grande parte das vezes, o contato com os adultos importantes e gravitam em torno dos seus pares para satisfazer as suas necessidades emocionais.
Então, o que acontecerá se essas crianças tentarem ter as suas necessidades atendidas pelos amiguinhos da mesma idade? Infelizmente, geralmente uma grande trapalhada.
Os seus pares ainda não têm a experiência ou podem compartilhar o mesmo cuidado com a criança que um cuidador adulto faria.
Portanto, precisamos ter muito cuidado antes de tomar a decisão de que a timidez de nosso filho é um problema. A maioria das crianças que demonstram timidez em relação a pessoas novas – pares e adultos – provavelmente tem pelo menos um relacionamento forte com um adulto, onde pode satisfazer as suas necessidades emocionais com segurança. Isso é preferível à criança que está excessivamente preocupada com o seu relacionamento com os seus pares e procura o conforto nos amiguinhos da mesma idade que, com certeza, não têm a capacidade de realmente a escutar ou de solucionar problemas, com a maturidade necessária.
A melhor maneira de lidar com a timidez, de acordo com o Dr. Neufeld, é incentivar um relacionamento caloroso com os adultos que cuidam e ensinam os nossos filhos.
Pois, se o nosso filho se comporta timidamente em qualquer ambiente de cuidado, deve ser um sinal para nós de que o relacionamento ainda não está num nível em que essa criança está preparada para ser cuidada por essa pessoa. Um relacionamento seguro é criado pela construção da conexão entre a criança e o cuidador e leva tempo e planeamento cuidadoso.
Por isso, é perfeitamente natural que uma criança pequena não queira ficar numa festa de aniversário, em casa daquele amigo, ou na instituição de cuidados sem a presença de uma figura de vínculação.
E como nos diz a Dr.ª Deborah Macnamara:
"Assim como a natureza construiu instintos de timidez nas crianças, também forneceu uma solução natural para isso. Enquanto o instinto de se afastar dos outros pode nunca ir embora, o impulso simultâneo de querer se relacionar com os outros ajuda a neutralizá-lo.
Quanto mais uma criança se torna a sua própria pessoa, mais ela forma as suas próprias ideias e desejos, muitos dos quais incluem a interação com os outros. Se elas adoram jogar futebol e querem se juntar a uma equipa, os instintos naturais de timidez ficarão em segundo plano. Quanto mais uma criança gosta de representar e cantar, mais os seus instintos de timidez serão superados pelo desejo de ser vista e ouvida no palco. Há muitas crianças pequenas que, apesar do instinto de se afastarem dos outros, declaram que estão prontas para ir para a escola e sobem corajosamente para a carrinha naquela primeira vez inesquecível.
O desenvolvimento saudável é a resposta para lidar com os instintos de timidez. À medida que a dependência de uma criança em relação aos adultos diminui, a sua vontade de buscar orientação e a companhia de outras pessoas aumenta. Quanto mais maduras elas ficam, mais elas conseguem também discordar dos seus instintos de timidez. Enquanto uma parte da criança pode estar inclinada a evitar o contato, outra parte deseja estender a mão e compartilhar experiências com as outras pessoas ao seu redor. Não precisamos forçar uma criança a sair da sua concha – a natureza tem um plano para ajudá-la a emergir naturalmente."
Talvez seja mais fácil de entender, se explicarmos um pouco como se desenvolve a vinculação.
A criança nasce com o instinto orientado para a vinculação. Na natureza, este instinto é orientado em direção ao adulto, isto em todas as espécies, e é como tem acontecido em todas as sociedades, até muito recentemente.
No entanto, este instinto orientador é indiscriminado, isto é, ele vai em direção a quem estiver lá. E existe uma boa razão para isso: os pais naturais são sempre a bússola de orientação natural para a criança, mas eles podem desaparecer, podem, por exemplo, morrer. Não é um exemplo alegre, mas serve para ser facilmente entendido. Nessa situação, a criança tem que ser capaz de transferir essa orientação e o apego emocional, que a acompanha sempre, para outros cuidadores, isto é, outros adultos. A natureza não deixou nada ao acaso.
O que não deveria acontecer nunca, na ordem natural das coisas, é que esse ponto de orientação se virasse para os pares que são, na generalidade, criaturas ainda imaturas.
Sigamos o exemplo referenciado muitas vezes por Gabor Maté, e recordemos a História do Patinho Feio.
O patinho feio ao nascer imprime a sua vinculação na mãe pata. O que significa que ele seguiu a mãe pata para onde ela fosse e o fez até ser um pato/cisne adulto. Ele só largou a orientação da mãe precisamente quando já não precisava mais da mesma, e nem um momento antes isso aconteceu. É assim que a natureza funciona!
No entanto, na ausência da mãe pata aquele patinho teria-se vinculado a qualquer outra coisa: a um ser humano (há um filme que retrata bem isto), a um outro animal, poderia até ser a um brinquedo que tivesse um movimento mecânico (segundo dizem os especialistas)!
O que nos parece tornar claro, a qualquer um de nós, que nem seres humanos, nem uma outra espécie animal, ou um brinquedo com movimentos mecânicos seriam capazes de cuidar daquele patinho para ser um pato/cisne adulto, como a mãe pata o fez.
O mesmo se passa com as nossas crianças. A natureza orienta o instinto naturalmente em direção aos pais, ou seja, para o mundo adulto. Mas na ausência de um adulto, ou quando essa ligação é solta, o que Gordon Neufeld denomina como "vazio de orientação": - isto é, um vazio que o cérebro simplesmente não tolera, que leva a que a criança oriente a sua vinculação para qualquer coisa que esteja ao seu redor. Isto é o que acontece, infelizmente, com frequência na nossa cultura moderna!
O que acontece na nossa cultura é, por razões que vão bem além de qualquer questão de escolha das figuras parentais, ou de falha parental, mas que têm a ver realmente com as dinâmicas sociais, económicas e culturais que governam as vastas mudanças sociais que se deram nas últimas décadas. Devido a estas dinâmicas, os pais deixam de ser muitas vezes o foco de orientação da vinculação.
Na história da humanidade nunca vivemos em famílias nucleares totalmente isoladas, isto é um desenvolvimento totalmente novo na vida humana. A família nuclear, com os dois pais numa casa, ou muitas vezes um só, está sob uma pressão enorme que leva a imenso stress, e muito frequentemente termina em situações de conflito e desregulação. As figuras parentais estão sob uma tremenda tensão e não é só isso, sob condições que eram novas até tempos recentes, de as duas frequentemente terem que sair de casa para ganhar a mesma vida, o que um há 30/40 anos atrás, dependendo dos países, apenas um conseguia-o fazer sozinho.
A família nuclear é por si mesma deficiente e uma conglomeração não natural, pois sempre existiu uma extensão de família, uma família em rede em que o mãe e pai (ou outras combinações), junto com seus filhos, tinham outros adultos ao seu redor que participavam no cuidar das crianças. Como nos diz o ditado africano, sempre foi preciso uma aldeia para criar uma criança.
Uma aldeia de vínculos em redor de uma criança, o que significava as tias, os tios, os vizinhos, a comunidade, no geral, todos ajudavam no cuidar dessa criança.
Na nossa sociedade, para a maioria de nós, tudo isso se foi. O clã, a tribo, a aldeia, a comunidade, os bairros entraram numa rápida erosão. A realidade é que, em muitos lugares do nosso país, estas ligações desapareceram. As pessoas vivem em lugares onde não conhecem os seus vizinhos, onde as crianças não brincam na rua, por um sentimento geral de insegurança, e não tanto porque estranhos podem estar à espreita, mas porque desapareceram os olhos da comunidade que garantiam que as crianças nunca estavam verdadeiramente sozinhas.
Vivemos numa cultura que, não só não apoia a vínculação aos pais, como na verdade está a ajudar a destruí-la, pois estamos a empurrar os nossos filhos para situações de relacionamento com pares muito, muito cedo. Fazemo-lo, na maioria das vezes, por razões económicas e/ou pela falta de uma aldeia de suporte, como na situação dos cuidados infantis exteriores ao lar.
Como nos alerta Neufeld, fazemo-lo porque fomos convencidos de que, apenas por sermos pais e desde que os amemos, e tenhamos dado tudo o que podíamos nos primeiros meses ou até mesmo anos, o relacionamento irá sobreviver para sempre. No entanto, a realidade é que agora temos demasiada competição constantemente, e temos de estar muito conscientes a quem as nossas crianças se vinculam e de renovar constantemente os nossos vínculos com elas.
Por exemplo, numa creche ou outra instituição de cuidados, a sua configuração (na maioria) é inimiga da vínculação, a menos que tenhamos muito cuidado na sua escolha. Estas, na sua maioria, infelizmente, não garantem que a dinâmica da transferência de vinculação seja consciente. Muitas vezes, a transferência da vinculação é direcionada para os pares, pois os adultos não conseguem chegar a todas as crianças e não têm tempo de criar estes vínculos gradualmente e em segurança (relacional).
E assim criou-se a crença popular na nossa cultura de que quanto mais cedo colocarmos os nossos filhos no mundo para socializar, melhor será o nosso filho socialmente e mais amigos ele terá. Mas, na realidade, não há dados que suportem essa crença, como se torna óbvio quando entendemos o processo da vínculação.
No entanto, o oposto parece ser verdade. De acordo com Neufeld, quanto mais tempo as crianças passam umas com as outras, menos provável é que se deem bem ao longo da vida e se encaixem na sociedade civil. Se pensarmos nos extremos, seguindo esta crença popular, então os miúdos de rua e os membros de gangues seriam considerados como membros exemplares de uma sociedade socializada. Já pensaram nisto sobre esta perspectiva?
A questão é que, se a criança prefere passar tempo com as suas figuras adultas de apego, criando uma vinculação saudável, é provável que ela aprenda muito mais sobre como ser um ser humano civilizado e social na presença de um adulto, do que com os pares que estão ainda a fazer o mesmo caminho. Além disso, elas serão mais propensas a desenvolver futuramente relacionamentos mais saudáveis com pares e com outros adultos, pois criarão um “guia interno” mais desenvolvido, que consegue avaliar quais os pares que serão bons amigos e quais os adultos que serão confidentes confiáveis.
A solução é seguir uma parentalidade instintiva (como lhe chama Gabor Maté), algo que parece bastante simples: basta falar e escutar, ver corretamente a criança, tratá-la como faríamos com qualquer ente adulto querido, ter sempre um abraço pronto a ser dado, evitar o uso excessivo de ecrãs na sua presença (para estarmos verdadeiramente presentes e dar o exemplo), passar tempo com ela, solicitar as suas boas intenções através da co-regulação. Essencialmente, pensar na nossa relação com a criança como qualquer relação que queremos cultivar, como um namoro, digamos! (bem a propósito da data de amanhã!)
E todos nós sabemos que, como os namoros, quando a fase da paixão/descoberta passa, muitas vezes deixamos o namoro esmorecer, e aí é quando, muitas vezes, surgem os primeiros "defeitos" do ser amado. Mas agora que sabemos, não podemos, se queremos que esta relação perdure ao longo de toda a vida, deixar de ver o ser amado por quem ele é, e em que fase do seu caminho individual está. E relembrar que é a singularidade única de cada um que torna o mundo tão maravilhoso!
Como tal, qualquer figura parental que deseje manter a vínculação com um filho ou reconquistá-la, naqueles momentos em que deixamos o namoro esfriar, deve seguir o conselho de Gabor Maté: “Avalie como a estrutura da vossa vida diária sustenta a tua/vossa intenção parental, e veja o que precisa de ser mudado, e onde soltaste a ligação."
Por isso, defendam os vossos "bichos do mato", pois, como o nome indica, estas são aquelas crianças que lutam para manter o vínculo com quem os mantém seguros e têm o seu instinto de auto-proteção intacto. E, quando as relações, e elas próprias, forem maduras o suficiente, logo se integrarão e aventurar-se-ão pelo mato fora pelos próprios pés.
Bibliografia:
Para complementar e aprofundar as temáticas abordadas no seu texto, especialmente em torno da timidez infantil, vínculos familiares e desenvolvimento emocional das crianças, recomendamos a seguinte bibliografia:
1. "Hold On to Your Kids: Why Parents Need to Matter More Than Peers" por Gordon Neufeld e Gabor Maté.
- Este livro é uma excelente fonte para compreender a importância do vínculo entre pais e filhos e os impactos dos relacionamentos com os pares no desenvolvimento infantil.
2. "The Whole-Brain Child: 12 Revolutionary Strategies to Nurture Your Child’s Developing Mind" por Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson.
- Uma obra que oferece estratégias baseadas em neurociência para criar crianças saudáveis e resilientes.
3. "Quiet: The Power of Introverts in a World That Can’t Stop Talking" por Susan Cain.
- Embora focado em introvertidos de todas as idades, este livro fornece insights valiosos sobre a valorização das qualidades dos introvertidos, que podem ser relacionadas à timidez em crianças.
4. "Raising Your Spirited Child: A Guide for Parents Whose Child is More Intense, Sensitive, Perceptive, Persistent, and Energetic" por Mary Sheedy Kurcinka.
- Útil para entender e lidar com crianças que podem ser erroneamente etiquetadas como tímidas, mas que são, na verdade, intensas e sensíveis.
5. "The Highly Sensitive Child: Helping Our Children Thrive When the World Overwhelms Them" por Elaine N. Aron.
- Este livro aborda crianças altamente sensíveis, que muitas vezes apresentam características de timidez.
6. "No-Drama Discipline: The Whole-Brain Way to Calm the Chaos and Nurture Your Child's Developing Mind" por Daniel J. Siegel e Tina Payne Bryson.
- Oferece abordagens para disciplina que respeitam a natureza emocional das crianças e promovem o crescimento saudável.
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NOTAS:
(1) O Dr. Neufeld é um dos pilares principais na mudança de paradigma das abordagens behavioristas para as abordagens baseadas na vínculação e relação em educação, ensino, psicologia e terapia. O seu trabalho fala particularmente aos pais e profissionais que sabem no seu coração que a qualidade do amor, carinho e receptividade na relação cuidador-criança está no centro do desenvolvimento emocional e social saudável da criança.
(2) Orador de renome e autor de best-sellers, o Dr. Gabor Maté é muito procurado pela sua experiência em diversos tópicos, incluindo trauma, dependências, stress e desenvolvimento infantil. É médico com experiência em prática familiar e um interesse especial no desenvolvimento e trauma infantil, e nos seus potenciais impactos ao longo da vida na saúde física e mental. Em vez de oferecer soluções rápidas para estes problemas complexos, o Dr. Maté combina pesquisas científicas, estudo de casos e os seus próprios conhecimentos e experiências para apresentar uma ampla perspectiva que ilumina e capacita as pessoas a promoverem a sua própria cura e a daqueles ao seu redor .
Vejam por favor este vídeo maravilhoso do Dr. Gordon Neufeld sobre este tema! ( em inglês )
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